Sabe-se que o desenvolvimento econômico, alavancado principalmente a partir da Revolução Industrial e fortemente empregado nas últimas décadas, é associado à práticas extrativistas e exploratórias do meio ambiente. Essas ações tem promovido uma forte pressão sobre os recursos naturais e humanos do planeta, ocasionando impactos ambientais irreversíveis e formando uma sociedade exclusivista. 

Na agricultura, sabe-se que os monocultivos, baseados nas práticas e tecnologias da chamada Revolução Verde, tem sido responsáveis por um conjunto de externalidades que levaram a uma crise sócio-ambiental sem precedentes na história da humanidade.

Para reverter esse cenário, se fazem necessários novos processos produtivos e estratégias de desenvolvimento que sejam capazes de contribuir para minimizar os impactos negativos gerados pela agricultura convencional e, ao mesmo tempo, estratégias que possam ser adotadas para um desenvolvimento socialmente mais apropriado e que preserve a biodiversidade e a diversidade sócio-cultural. 

A produção agrícola através de sistemas agroecológicos, tem como princípios básicos a menor dependência possível de insumos externos à unidade de produção agrícola e conservação dos recursos naturais. Esses sistemas procuram maximizar a reciclagem de energia e nutrientes, como forma de minimizar a perda destes recursos durante os processos produtivos. 

Dessa maneira, a agroecologia surge como um sistema de produção agrícola alternativa aos impactos sócio-ambientais negativos ocorridos pela agricultura convencional, e também para eliminar o uso de agrotóxicos. Essa prática de uma agricultura mais familiar e sustentável traz consigo o respeito ao meio, seus aspectos físicos e biológicos, como também seus aspectos humanos. Através da agroecologia, não prejudicamos o meio ambiente; preservamos os recursos naturais; produzimos alimentos saudáveis e com mais qualidade; reduzimos o impacto ambiental; utilizamos apenas adubos naturais e; utilizamos energias renováveis. 

A grande vantagem da agroecologia é o respeito à vida, já que ela colabora com o equilíbrio entre a produção agrícola, preservação do meio ambiente e o ser humano.